Análise: The Snakehead
Máfia de Chinatown, política americana, violência extrema e 40.000 pessoas imigradas ilegalmente – a história real por trás de The Snakehead.
The Snakehead: A história de Irmã Ping, Chinatown e o tráfico humano
Em 1993, um navio pesqueiro caindo aos pedaços chamado Golden Venture encalhou em Rockaway Beach, Nova York. Dentro dele estavam mais de 300 imigrantes chineses, cansados, famintos e desesperados.
Eles tinham arriscado tudo para chegar aos Estados Unidos, mas nem todos conseguiram. Foi um desastre que acabou chamando a atenção do mundo para uma rede de tráfico humano gigantesca.
Esse evento foi um grande ponto de inflexão e mexeu com as leis de imigração dos EUA, especialmente durante os governos Clinton e Bush. Foi polêmico, virou debate nacional, e é nesse contexto que surge o livro The Snakehead, de Patrick Radden Keefe.
O livro mergulha na máfia de Chinatown nos anos 90. Um cenário pesado, cheio de violência, no qual o tráfico humano era o grande negócio. E é aí que conhecemos a peça principal dessa história: Irmã Ping.
Irmã Ping era uma chinesa que comandava uma das maiores redes de tráfico humano do mundo, operando de dentro de sua lojinha de variedades em Chinatown.
Ela trouxe, através de sua rede global de contatos, mais de 40 mil pessoas ilegalmente para os EUA e acumulou uma fortuna de mais de 40 milhões de dólares.
Além de trazer os chineses ilegalmente, ela também atuava como banco clandestino, facilitando o envio de dinheiro aos familiares na China.
Pra alguns, ela era uma heroína que ajudava famílias a fugir da pobreza. Já pra outros, era uma criminosa sem coração que explorava o desespero alheio.
De toda forma, fica escancarado o lado humano de todas as partes: da polícia, da máfia e dos imigrantes.
Minha nota? 4 de 5. Gostei bastante. É uma leitura dinâmica, que prende a atenção. Fica um pouco lento pelo meio, mas logo retoma o ritmo. Recomendo!
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